YOUNG GENERATION
Da imaginação ao papel, André Birra Almeida.
Numa cidade do interior de Portugal, situada nas faldas da célebre Serra da Estrela, vivia um rapaz chamado André Birra Almeida. O pouco movimento, a tranquilidade, a segurança e o descanso característicos da cidade de Castelo Branco permitiam que o mesmo passeasse, contemplasse, sentisse e admirasse os elementos naturais característicos da mesma. Num curto período de tempo, o apurar dos sentidos converteu-se numa desenvolvida imaginação que o levava a pegar num lápis e a desenhar monstros e figuras místicas. Darem-lhe uma folha e um lápis para a mão era como se lhe “oferecessem um saco de doces”. Aos dias de hoje, André Birra Almeida gosta de se recordar como um menino com uma imaginação sem limites.
O prestar atenção e as muitas horas preso a uma cadeira de sala de aula não o agradavam. O seu pensamento divagava. O que ele mais queria era desenhar. Para além disso, uma doença atormentou-o enquanto ainda jovem. Os tratamentos exigidos perduraram durante alguns anos e afetaram o seu desempenho académico.
No seu nono aniversário inscreveu-se num atelier de pintura, no qual desenvolveu habilidades, ainda desconhecidas, sobre a arte e o design. Os anos foram passando e, como qualquer outra criança, os jogos e as atividades desportivas assumiram um papel central na sua vida. Mais tarde, consciente do tempo que despendia à frente de um ecrã e da ideia de que o design não era o futuro estável que sonhara, optou por seguir um curso profissional de programação. Todavia, este percurso foi de pouca dura. Rapidamente se apercebera de que o seu caminho não era aquele e decidiu alterar o seu rumo.
Design de Comunicação e Produção Audiovisual (DCPA) foi o curso eleito por André. De repente, uma porta abriu-se. Era o início da sua carreira profissional. Foi como por destino. Apenas se conseguia recordar das memórias, guardadas desde a sua infância. O desenho era o que conhecera desde cedo e com o qual se sentira mais à vontade. Deste modo, não havia outra área que lhe fizesse mais sentido seguir.
A curiosidade e o interesse andam de mãos dadas num sentido do alcance de um maior conhecimento. Neste sentido, André ingressa num mestrado de Design Gráfico. O propósito seria o de conhecer, saber, praticar e desfrutar desta área de que tanto gostava.
A entrada no mercado de trabalho finalmente chegara. O jovem, já considerado adulto, decidiu iniciar a sua atividade como freelancer. Na altura, fazia de tudo um pouco. Por muitos pode ser visto como muito trabalho, mas era o que André desejava. O seu maior propósito prendia-se com o evoluir e com o constituir de uma carteira de clientes bem-estruturada.
Atualmente, André trabalha na Creative Lemons e com a carteira de clientes que permanece até aos dias de hoje. O seu trabalho é reconhecido por diversas marcas, de diferentes conceitos e serviços como a Somersby, a Superbock, a Água das Pedras, a Uber e os CTT, entre tantas outras. A desenvolvida imaginação de André, neste caso, é uma mais valia.
O seu amor pertence ao branding, ao design de rótulos e à ilustração. Por tal, a identidade do Vinho Pégaso destaca-se. Foi o projeto completo que mais exigiu de si e que maior realização lhe trouxe. A marca gráfica Pégaso, a sua identidade, a sua tipografia, a sua ilustração, os seus rótulos e todas as normas gráficas surgiram de uma mesma imaginação, criatividade, empenho e profissionalismo. A sua implementação, distribuição e alcance aconchegam-lhe o coração.
André, enquanto apaixonada pela profissão, analisa e lamenta que o design seja, aos dias de hoje, muito desvalorizado. Sabe que “aos olhos de muitos, ser designer (ainda) não é uma profissão”. Contudo, afirma que pretende praticá-la até os seus dedos se encherem de artroses.