O papel do Design e do Designer

O papel do design e do designer

O Design tem assumido um papel de relevo no decorrer do tempo. Todavia, a bibliografia referente ao mesmo é escassa o que, por vezes, não facilita e promove a existência de discussões nas conversas da sociedade contemporânea. 

A seguinte área de trabalho evoluiu com o passar dos anos e reproduziu-se em várias especialidades. Todas estas se diferenciam e manifestam um próprio propósito, um próprio contexto e uma própria vida mas, partilham de uma mesma característica, a criatividade de quem cria.

Pedro Catarino revela que “para se fazer a diferença em design é preciso ser criativo”. Não descarta a importância da pesquisa e da sua respectiva organização mas, afirma que “a criatividade é o ponto decisivo e esta deve ser estimulada”. Para que as ideias, posteriormente criações, possam alcançar o público torna-se necessário que o designer conheça, observe, experiencie e esteja atento à vida. “É fundamental ter a perceção de como as pessoas reagem, se comportam. É necessário ter toda a visão social”, segundo Pedro. 

 

Os logotipos

Desde cedo que os seres humanos utilizam o desenho como forma de expressão e, consequentemente, comunicação. Um simples esboço assume-se como uma ferramenta importante para os que vivem no seio de uma sociedade uma vez que consegue exprimir desejos, informações, gostos e mensagens. 

Um logotipo é a expressão de uma marca. O mesmo ultrapassa qualquer linguagem, ao se transformar num “elemento universal para uma sociedade” e na “memorização como símbolo”. Na perspetiva de Pedro, um bom logotipo é aquele que “guardamos no nosso inconsciente”. 

A consciencialização de um logotipo como um elemento da marca é significativo. O seu processo de criação requer trabalho de pesquisa prolongado, conhecimento aprofundado de outros elementos como as cores, os símbolos, a tipografia, o layout e a mestria/experiência para os dispôr de forma harmoniosa, apelativa e profissional. A atenção aos pormenores e o perfeccionismo, nesta área, assumem um papel primordial e de destaque. 

Cada designer possui liberdade na escolha do seu método de trabalho e do seu processo criativo. Pedro, por sua vez, opta por criar o seu assente na pesquisa, na verificação das ideias, na comunicação presencial e ativa com o cliente e na aposta em várias vias. Acredita que “a questão das vias é muito importante porque coloca o cliente ou a marca do nosso lado, o que atribui segurança a ambos”.  Deste modo, depreende-se que, em design, a comunicação com o cliente é importante e crucial para o processo. O facto do mesmo tomar uma decisão consciente, focada e verdadeira, fá-lo sentir parte do processo o que se traduz num ganho para ambas as partes.